quinta-feira, 5 de abril de 2012

A Indústria Cultural e a Semiformação do Indivíduo em Adorno e Horkheimer



        Foi em “Dialética do Esclarecimento”  que Adorno e Horkheimer utilizaram pela primeira vez o conceito de Indústria Cultural. A arte consumida pelas massas como mercadoria serve como um instrumento de dominação social. Adorno percebeu que a técnica, empregada no âmbito cultural, torna o homem mais ignorante, não passando de uma arma de dominação nas mãos dos capitalistas que ditam para a sociedade os modelos culturais a serem adotados por elas. Esse processo de impor culturas mercadológicas através dos meios de comunicação de massa foi chamado de Indústria Cultural. E foi essa Indústria Cultural que criou a chamada semicultura ou semiformação cultural. Hoje, a Industria Cultural está potencializada pelas novas tecnologias e pela mídia ou meios de comunicação de massa.

       Com o crescimento e com a popularização das novas tecnologias, toda a sociedade está sendo modificada. No âmbito cultural e educacional também houve um grande impacto neste sentido.  As tecnologias a serviço da classe burguesa geraram muita desigualdade, já que seus benefícios não atingiram os homens como um todo. Entretanto, a educação teve que se adaptar as novas tecnologias, mas de maneira apressada e, muitas vezes, sem os devidos cuidados necessários para a formação cultural do indivíduo. Todo esse processo também causa a semiformação ou a semicultura do indivíduo. Assim, Adorno afirma que “a única possibilidade de sobrevivência que resta à cultura é a auto-reflexão crítica sobre a semiformação, em que necessariamente se converteu”(ADORNO. Teoria da Semicultura, 1997, p. 410). Assim, as novas tecnologias empregadas a serviço do capital se tornam um meio de dominação. Por isso precisamos analisar se as novas tecnologias na educação podem contribuir para dinamizar o processo de ensino-aprendizagem ou para o processo de dominação e alienação das massas.

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