domingo, 31 de julho de 2016


Transmitido ao vivo em 4 de jul de 2016
No Roda Viva dessa segunda-feira, entrevistamos ao vivo o historiador Leandro Karnal. Ele falou sobre seu livro recém-lançado “Felicidade ou Morte” (coautoria de Clóvis de Barros Filho), que analisa, além de outros pontos, como cada época e sociedade definem o que é uma vida feliz. E também comentou problemas atuais, inclusive a intolerância e o radicalismo nas redes sociais, entre outros assuntos.


Olho na escola - Especial Zygmunt Bauman - Jornal Futura - Canal Futura

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A força do hábito


O processo de filosofar inicia-se pelo espanto, ou seja, da capacidade que as pessoas têm de se maravilhar com o mundo e indagar o porquê das coisas. Esse indagar investigativo é próprio da natureza do homem que o torna curioso frente aos fenômenos presentes no mundo.

Você já percebeu como reage uma criança quando ganha um bichinho de estimação novo ou quando chega a um lugar desconhecido até então por ela? Ela esbanja alegria, curiosidade e entusiasmo. Porém, muitos, por força do hábito, tendem a perder esta característica tão importante para o filosofar perdendo assim, a vontade de buscar o conhecimento, se acostumando com a realidade, acomodados com a vida que levam.
Sócrates, na Antiguidade Grega, já questionava este fato quando abordava os atenienses nas praças públicas e os incitavam a refletir sobre as coisas para que não caíssem na inércia do hábito.

Por isso, o primeiro passo para sair do marasmo do cotidiano é voltar a ter essa atitude de criança, é se deixar envolver pela doçura das coisas para poder se “espantar”. Há muita beleza no mundo, nas pessoas, nas criaturas de Deus. O segundo passo é ser curioso, indagar o porquê das coisas e buscar uma resposta.

Como dizia Sócrates “Sei que nada sei” e por ter a consciência que não sabemos é que nos tornamos sábios, pois, caminhamos para o conhecimento.

Vamos Filosofar?




https://www.goconqr.com/c/30013/course_modules/34647-do-senso-comum-ao-espanto#

sábado, 7 de abril de 2012

A Ética Socrática


 A Ética Socrática

               A Ética é a disciplina que estuda o comportamento humano perante os valores, as leis e normas que regem a sociedade. Estamos vivendo uma época conturbada, onde o preconceito, a violência e outros males se proliferam numa velocidade assustadora. Até as redes sociais estão sendo usadas constantemente neste sentido. Por esse motivo, é necessário, ainda em nossos dias, refletirmos sobre a origem destes comportamentos que denigrem nossa imagem como seres humanos e racionais. Essa já era a preocupação de Sócrates no séc. V a.C., fazer a discussão sobre os valores, as virtudes, a justiça, o bem e outras coisas para melhorar a conduta do homem em sociedade.
               Para Sócrates, o homem se torna objeto de investigação do ponto de vista ético. Ele é investigado perante suas ações. Sócrates deixa de acreditar no modelo homérico de virtude, onde heróis e deuses com atitudes e ações moralmente corretas são sempre modelos a serem seguidos. O que Sócrates queria propor é que o homem pudesse utilizar a razão para encontrar novos paradigmas éticos que o direcionassem a boas ações. Cabe somente ao homem ter controle sobre suas ações para torná-las moralmente boas. Segundo esse pensamento, a nossa alma ou intelecto seria a motivadora de nossas ações. Porém, existe uma tripartição da alma, e ela teria uma parte apetitiva a qual inclinaria o homem aos prazeres da vida. Essa busca pode enganá-lo, fazendo-o acreditar que muitas vezes que o falso seja verdadeiro. Para resolver este problema, Sócrates recorre à teoria das Formas ou das Ideias. Faz-se necessário uma idéia una das coisas, ou seja, o conhecimento das Ideias que levaria o homem ao conhecimento do Bem e das boas ações e isso dá porque o homem usa a parte intelectiva da sua alma. 
            Para que o homem não caia no erro, ele deve usar a parte intelectiva da alma para agir bem, ou seja, ser o que é, racional. As ações do homem não dependeriam mais da vontade dos deuses, não estariam sujeitas ao acaso das contingências do mundo nem tão pouco dependeriam dos impulsos da parte apetitiva da alma. Para o homem ser bem orientado ele não pode deixar-se guiar por suas paixões, controlando seus impulsos para poder agir bem, sendo guiado pela parte intelectiva da alma. Faz-se necessário reconhecer-se como o único responsável por suas ações, recorrendo as Ideias como guia para este fim. Assim, somente reconhecendo o que é o Bem, o homem pode agir de acordo com ele para ser uma pessoa virtuosa.

                               https://vegazeta.com.br/socrates-a-carne-como-simbolo-da-injustica/

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A Indústria Cultural e a Semiformação do Indivíduo em Adorno e Horkheimer



        Foi em “Dialética do Esclarecimento”  que Adorno e Horkheimer utilizaram pela primeira vez o conceito de Indústria Cultural. A arte consumida pelas massas como mercadoria serve como um instrumento de dominação social. Adorno percebeu que a técnica, empregada no âmbito cultural, torna o homem mais ignorante, não passando de uma arma de dominação nas mãos dos capitalistas que ditam para a sociedade os modelos culturais a serem adotados por elas. Esse processo de impor culturas mercadológicas através dos meios de comunicação de massa foi chamado de Indústria Cultural. E foi essa Indústria Cultural que criou a chamada semicultura ou semiformação cultural. Hoje, a Industria Cultural está potencializada pelas novas tecnologias e pela mídia ou meios de comunicação de massa.

       Com o crescimento e com a popularização das novas tecnologias, toda a sociedade está sendo modificada. No âmbito cultural e educacional também houve um grande impacto neste sentido.  As tecnologias a serviço da classe burguesa geraram muita desigualdade, já que seus benefícios não atingiram os homens como um todo. Entretanto, a educação teve que se adaptar as novas tecnologias, mas de maneira apressada e, muitas vezes, sem os devidos cuidados necessários para a formação cultural do indivíduo. Todo esse processo também causa a semiformação ou a semicultura do indivíduo. Assim, Adorno afirma que “a única possibilidade de sobrevivência que resta à cultura é a auto-reflexão crítica sobre a semiformação, em que necessariamente se converteu”(ADORNO. Teoria da Semicultura, 1997, p. 410). Assim, as novas tecnologias empregadas a serviço do capital se tornam um meio de dominação. Por isso precisamos analisar se as novas tecnologias na educação podem contribuir para dinamizar o processo de ensino-aprendizagem ou para o processo de dominação e alienação das massas.