Foi
em “Dialética do Esclarecimento” que Adorno e Horkheimer utilizaram pela
primeira vez o conceito de Indústria Cultural. A arte consumida pelas massas
como mercadoria serve como um instrumento de dominação social. Adorno percebeu
que a técnica, empregada no âmbito cultural, torna o homem mais ignorante, não
passando de uma arma de dominação nas mãos dos capitalistas que ditam para a
sociedade os modelos culturais a serem adotados por elas. Esse processo de impor
culturas mercadológicas através dos meios de comunicação de massa foi chamado
de Indústria Cultural. E foi essa Indústria Cultural que criou a chamada
semicultura ou semiformação cultural. Hoje, a Industria Cultural está potencializada pelas novas tecnologias e pela mídia ou meios de comunicação de massa.
Com
o crescimento e com a popularização das novas tecnologias, toda a sociedade
está sendo modificada. No âmbito cultural e educacional também houve um grande
impacto neste sentido. As tecnologias a
serviço da classe burguesa geraram muita desigualdade, já que seus benefícios
não atingiram os homens como um todo. Entretanto, a educação teve que se
adaptar as novas tecnologias, mas de maneira apressada e, muitas vezes, sem os
devidos cuidados necessários para a formação cultural do indivíduo. Todo esse processo
também causa a semiformação ou a semicultura do indivíduo. Assim, Adorno afirma
que “a única possibilidade de sobrevivência que resta à cultura é a
auto-reflexão crítica sobre a semiformação, em que necessariamente se
converteu”(ADORNO.
Teoria da Semicultura, 1997, p. 410). Assim, as novas tecnologias empregadas a serviço do capital se tornam um meio de dominação. Por isso precisamos analisar se as novas tecnologias na educação podem contribuir para dinamizar o processo de ensino-aprendizagem ou para o processo de dominação e alienação das massas.
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